domingo, 30 de outubro de 2011

QUADRAGÉSIMO TERCEIRO DIA

Na minha última manhã em Florença resolvi deixar o David de lado e ir ver a Piazzale Michelangelo, todo mundo no hostel disse que era o lugar mais imperdível da cidade, então bem cedinho, peguei o caminho da beira do rio, subi o morro e vi toda a cidade de cima e grande parte dos arredores rurais. Lindo!!!!!! Sol amanhecendo, pouquíssima gente por lá, calmaria total!
Voltei com calma, aproveitando o rio e o sol. Peguei as minhas coisas no hostel que fechava para a limpeza e fui cedo para a estação esperando caos de greve (primeira foto é do pátio interno do hostel). Realmente, tinha muita gente, consegui um banco e sentei para esperar, queria comprar comida, mas estava tudo lotado. Para provar a teoria de que sempre conheço pessoas em situações de transporte público, estava sentado ao meu lado um senhor com MUITAS malas, olhando sem entender os quadros de horários. Me perguntou se eu falava inglês e começou a contar a sua saga italiana. O Victor é americano de Seatle, estava ali com toda a família para o casamento de uma filha, maniaca-controladora, em Florença no hotel Four Seasons. A família toda chegou antes para ajudar a noiva, mas ele teve que ficar trabalhando na América e pegar um vôo dois dias depois. Ao chegar em Roma, ele pegou o trem errado para Florença, ao invés de algumas horas, ele demorou muitas horas para chegar para o casamento, causando tumulto na família, já que ele ficou estas horas incomunicável, todos esperando o pai para o casório, o trem chega mas ele não. Hahhahaahah. Depois disto, choveu bem na hora da cerimônia, a filha mais nova perdeu a câmera cara que tinha pego emprestada de não sei quem e ele ainda estava meio apreeensivo com os gastos do noivo para um casamento de 30 convidados na Itália. No meio da conversa chega a mulher, americana típica, louríssima, que senta no lugar dele e recomeça a conversar. Me conta que a filha que se casou tem um temperamento difícil mas no fundo é uma boa pessoa, a filha mais nova também chega com o irmão e eles vão todos comprar alguma coisa. O Victor ri de tudo e continua as histórias do casamento, me mostrou o cardápio chic, reclamou que a cama do hotel era muito dura, ninguém dormiu depois da festa, por isso que as mulheres estavam todas agitadas, diz ele. Nessa hora chega a noiva, com cara de chata, reune todo mundo e manda que todos eles peguem as malas e vão esperar o trem na plataforma, mesmo que falte uma hora pra ele partir. Antes de nos despedirmos, eles me dão um pacotão de bolacha típica italiana, lembrança do casamento, pra mim comer durante a viagem. Finalmente embarquei para Roma, dando risada da família doida e muito gente fina.
Duas horas depois cheguei na estação Termini de Roma, com 15 minutos de antecedência devido aos trilhos vázios por causa da greve. Peguei meu mapinha do google maps e segui as instruções para o hostel, cheguei lá as 3 da tarde, bem feliz para o check-in e dou de cara com um prédio horroroso, com uma placa na frente: fechado das 14h às 16h, que ódio!! Uma hora sentada na rua, em cima da mala, olhando pela terceira vez os maravilhosos episódios do Big Bang que o Carlos me trouxe. Às 4 horas fiz check-in no mega moquifo romano, pior quarto até agora, pior banheiro, nojinho total. Mas já estava feito, melhor sair e dar uma olhada no Coliseu que fica a 10 minutos daqui.
Esperava o pior de Roma, graças a opinião da minha querida amiga Raquel, mas me surpreendi muito com o Coliseu, ele é impressionante, e muito bonito! Também dei sorte, a chuva de ontem inundou a arena e o Colosseum estava fechado para visitações e muito mais vázio que o normal. Achei ótimo e andei por ali até cansar de olhar para ele.
Depois banho e cama no moquifão. Pelo menos estou com o quarto só pra mim :)






















QUADRAGÉSIMO SEGUNDO DIA

Acordei para passear em Florença, a principal e mais linda igreja da cidade, a Duomo, fica do lado do hostel, na verdade a 50 metros dobrando a esquina. Passei por lá, tirei umas fotinhos dela e do Campanário e fui para a famosa fila da Galeria Uffizi, que tem muitos quadros renascentistas, dois do Da Vinci. Normalmente as pessoas compram o ingresso antecipado ou ficam horas na fila, cheguei lá, esperei 20 minutos e estava dentro do museu. Estou adorando viajar off-season. Museu muito bom, mas o top mesmo é a Anunciação do seu Leonardo, impressionante, muito acima do esperado, o maestro é muito bom, muito acima de TODOS os renascentistas. Quando cheguei no terraço, surpresa! Chuva, muita chuva! Como não se pode perder tempo, principalmente numa cidade linda como esta, comprei um guarda-chuva roxo e me fui passear.
Atravessei a rua e vi A ponte. A Ponte Vecchio é maravilhosa! Todas aquelas casinhas empilhadas em cima dela, uma mais linda que a outra, até esqueci que tava chuvendo e tirei várias fotos molhadas. Atravessei a ponte e fui até o Palazzo Pitti, meio sem gracinha, como começou a chover mais voltei para o centro, andei sem rumo pra ver as ruas pequenas e os prédios de uma cidade parada no tempo. Quando vi estava de novo na Duomo, pude fazer várias fotos legais porque grande parte da gentarada foi se abrigar da chuva em outros lugares. As cores branca, verde e rosa da igreja são fora do comum e ficam muito bem no prédio. Comi uma pizza por ali e depois do almoço a chuva se foi e o céu voltou a ficar azul, era em torno de 3h da tarde quando entrei na fila da Academia para ver o David do Michelangelo. Fiquei 30 minutos parada sem andar um centímetro, me cansei e fui embora para fazer coisas mais aproveitáveis com o meu tempo pós chuva. Subi no campanário que fica do lado da igreja e me impressionei com a vista da cidade,  linda! Depois fui na Igreja da Santa Maria Novella, perto da estação de trem, comprei minha passagem para Roma (pra amanhã uma da tarde) e como o céu pós chuva estava prometendo, voltei para a ponte Vecchio para umas fotos mais dignas. Não me arrependi, ótimo final de dia, caminhei pela beira do rio até a Santa Croche, mas começou a ficar frio e os pés úmidos começaram a pesar um pouco. Então voltei para o hostel, louca por um banho, mas assim que cheguei uma das meninas me avisou que tinham anunciado uma greve nos trens italianos pra amanhã. Fomos as duas para a estação pedir informações, descobrimos que os trens rápidos não vão ser afetados, só quem vai sofrer é o povo que trabalha :( Voltamos para o hostel mais aliviadas. Finalmente tomei banho e depois massa e vinho no que eles chama de happy hour e eu chamo de janta.

















quinta-feira, 27 de outubro de 2011

QUADRAGÉSIMO PRIMEIRO DIA

Hoje parti para Florença com medo, vou pegar 3 trens, isso significa mudar 2 vezes de estação, vagão e assento. Mas vamos lá, é necessário! 
Pela primeira vez, não tive nem problema, nem atraso, nem contratempos com o trem. Viva a Itália! Vistas da janela foram muito lindas!
Cheguei em Florença, segui as indicações do google maps e cheguei super rápido no melhor hostel até agora de toda a viagem. Cheguei às 6, bem na hora do happy hour com pizza, bruschettas e vinho de graça. As pessoas que conheci em toda  minha estadia aqui foram muito legais, o quarto é impecável, cada pessoa tem o seu locker dentro do dormitório, cama boa, luz de cabeceira de led e café da manhã com tosts e sachês de Nutella. Fora isso o hostel é em um prédio antigo, lindo!!! O nome do hostel é Academy, recomendo 100%!



QUADRAGÉSIMO DIA

Quarenta dias longe do Brasil, estou vendo tanta coisa linda aqui, mas já estou com saudade de todos, de casa e dos gatos. Hoje acordei às 6 horas, me arrumei, tomei o café maravilhoso do hotel e encontrei os meus amigos e protetores franceses para finalmente pegarmos o trem para Nice. Começamos bem, o trem saiu no horário, o dia está lindo mas... uma pessoa de tamanho avantajado passou com uma mochila também enorme por cima da minha mesinha do trem, derrubou os meus óculos e eles acabaram ficando meio tortos. Continuam servindo ao seu propósito mas não são mais os mesmos :(
Cheguei na estação, caminhei 50 metros e já estava no meu hostel. Como está fora de temporada, a menina me deu desconto e um quarto só pra mim. Estou merecendo depois desta epopéia. Deixei minhas coisas no quarto e fui explorar a cidade que é lindaaaaaaaaa e minúscula, em uma tarde andei por tudo, descansei bastante olhando pro mar muito azul e voltei para o hostel para dormir super cedo e descansar mais um pouquinho. O que mais gostei foi a cor da água, o fato de que a praia não tem areia (odeio aquela coisa piniquenta) e a cidade antiga, com várias ruelas e muitas lojinhas.
A Cote d´azur está aprovadíssima, gostaria de ter tempo para descer em Cannes e nas outras praias, um charme.