quarta-feira, 9 de novembro de 2011

QUINQUAGÉSIMO SEXTO DIA

Sai do hostel pelo lado contrário do de ontem e descobri que a 200m da porta do meu Hostel Cristão (sim o único hostel que tinha vaga era cristão, com leituras da bíblia opcionais duas vezes por dia) está o Redlight District, deprimente às 9 horas da manhã, com algumas putas (feias coitadas) ainda nas janelas, vergonha alheia por elas terem que se expor desta forma.
Comecei o dia em Amsterdam voltando na Estação Central pra ver a fachada, é bonita, mas tem tanta obra em volta que fica difícil de apreciar qualquer coisa. Segui pela rua principal, Damrak, que vai da estação até a Dam, dei uma olhada na praça, no Palácio, na Igreja e no monumento. Segui por esta rua até a região de Spui, com várias livrarias e cafés. Voltei a subir, desta vez seguindo os canais, para ir na principal atração de hoje: o bairro Jordaan e a Casa da Anne Frank. Fui até a praça com a Igreja Westerkerk, que domina o céu da região, como começou a chuviscar achei melhor entrar no Museu e Casa Anne Frank Huis, felizmente nada de fila, infelizmente com algumas crianças. 
Foi, definitivamente, um dos pontos altos da viagem. Todo o ambiente é muito impressionante, a casa em si, onde esta gente ficou confinada durante tanto tempo, só falando em sussurros, pegando sol por uma clarabóia no teto do sótão, uma menina que cola fotos nas paredes do quarto, a denúncia de algum simpatizante do nazismo, as histórias do campo de concentração e a morte sucessiva de todas as mulheres da família, um mês antes de acabar a guerra. Horrivelmente triste. Mas o pior é o depoimento no final do pai da Anne, o único sobrevivente, lindo e terrível.
Saindo dali fui explorar o bairro, que é pra ser o mais típico da cidade, achei interessante, mas acho a área perto do hostel mais legal :) Percorri o bairro de norte pra sul, passei no mercado de flores, praticamente só com sementes de tulipas nestes dias de outono, fui na Praça Rembrant e acabei o dia numa rua cheia de lojas com as "marcas internacionais", ali tinha um mega restaurante chamado La place, self-service com uma comida maravilhosa. Baguete digno de Paris e um bolinho, tipo cupcake de maça com canela, maravilhoso!!! 
Depois passei mais uma vez no Redlight District, agora sim com as luzes acesas e as digníssimas, um pouco mais dignas, mas ainda com muita variação de idade e de beleza entre as mulheres. Cheguei no hostel e fui convidada para ler a bíblia, gentilmente agradeci o convite, mas não pude comparecer.











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